ENCONTRE SEUS ARTIGOS PREFERIDOS

terça-feira, 1 de março de 2011

O TOMATE DA SORTE



Extraído de: http://www.geranegocio.com.br/html/negcasa/p11.html

Ex-professora transforma receita doméstica em fonte de renda para toda a família
  Muito antes de o sol nascer, o corre-corre toma conta da casa de Dora Franco Falcone, em Itapecerica da Serra (SP). Pontualmente, às cinco da manhã, ela já está de pé, coordenando a primeira fornada de tomates secos do dia. Instalada há um ano no que antes era uma sala, a cozinha da Falcone & Falcone Indústria e Comércio de Produtos Alimentícios foi isolada do resto da casa por uma parede de madeira, para não perturbar a rotina doméstica nem encurtar o sono dos cinco netos que moram com a empresária.
  Ao lado das filhas, Luciana e Paula, a precoce avó de 52 anos comanda cinco funcionários fixos - aos quais, em dias de mais trabalho, se juntam até outros dez diaristas - e produz uma tonelada e meia de tomates temperados por mês. São mais de 12 horas de atividade escaldante, fora os plantões da madrugada, de duas em duas horas. As moradoras se revezam como plantonistas, porque o processo não pode ser interrompido. Montar a fábrica caseira foi a saída encontrada por Dora Falcone para sustentar a família. A separação do marido, no início de 1998, deixou a ex-professora sem nenhuma renda. Dona de casa prendada, ela resolveu ganhar a vida fazendo os tomates secos com que deliciava a família nos almoços de domingo. Construiu sua clientela, oferecendo amostras para pizzarias, bares e restaurantes paulistanos. As primeiras encomendas saíram de um forno comum.
  O dinheiro das vendas foi investido em equipamentos e a empresa, regularizada. Dora chegou a ter 18 fornos semi-industriais, mas desfez-se deles em favor de uma grande estufa, que permite desidratação mais perfeita. Comprada em agosto de 1999, custou R$ 15 mil. "Sem sair de casa, faturo até R$ 18 mil por mês", comemora a empresária, descontente apenas com as constantes elevações do preço do tomate. "O quilo mais que dobrou nos últimos 12 meses", lamenta, comparando o início de 2000 com o do ano anterior.

Nenhum comentário:

Postar um comentário